Três reportagens da Intercept sobre a relação entre trabalhadores e microtrabalhos na classificação de dados para as Inteligências Artificiais.
Como funciona o trabalho humano por trás da inteligência artificial
Meta paga centavos por checagem de fake news feita por brasileiros
“O que acontece quando um robô aspirador encontra um cocô de cachorro no seu caminho? Há alguns anos, o previsível desastre tinha até um nome: poopocalypse – algo como cocôcalipse, em inglês – e atormentava fabricantes e donos de aparelhos. Fotos de chão com fezes espalhadas apareciam aos montes na internet. A solução foi treinar os robôzinhos a identificarem um cocô e, assim, aprenderem a desviar deles.”
por Paulo Victor Ribeiro
19 de jun de 2023, 08h45
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Relatos e documentos internos mostram como é o trabalho dos brasileiros responsáveis por checar conteúdos em redes da Meta para treinar sistemas de inteligência artificial. Um dos projetos prevê a criação de um sistema automatizado para “identificar e combinar evidências com desinformação”.
Os trabalhadores precisam checar informações de posts em “fontes confiáveis”. A remuneração é de cerca de 45 centavos por cada post. Os moderadores têm 1h para moderar pelo menos 40 conteúdos.
Falta de orientação e treinamento resulta em classificações inconsistentes e pode ser decisiva em conteúdos críticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul, conteúdos sexuais, violentos e até Jogo do Tigrinho.
Os moderadores são frequentemente expostos a conteúdos perturbadores, como violência e desinformação política, sem suporte.
“Trabalhadores executam tarefas cruciais para o desenvolvimento de sistemas de IA, como classificação de dados e moderação de conteúdo. Mas são invisíveis e mal remunerados.”
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